Opinião: Prefeitos eleitos aderem ao sertanejo sofrência e dizem: A culpa é do meu Ex. – SUL DA BAHIA NOTÍCIAS

Essa semana trago na coluna opinião um dos hits da sofrência que está na parada de sucesso entre os novos prefeitos. Diante de um cenário de crise econômica e de um pós-eleição de campanhas milionárias, promessas infundadas, fatiamento da estrutura pública entre apoiadores, eis que bate a realidade. As prefeituras estão com graves problemas financeiros tendo dificuldades de honrar compromissos inclusive folha de pagamento. Essa situação era vivenciada pelos antigos gestores que de 2013 a 2016 estiveram no centro de uma grave crise com queda nas arrecadações e também no atraso de repasses por parte do governo federal. Não diferente em 2017, muitos que sonharam com a fartura de recursos livres para cumprirem promessas mirabolantes e os acordos políticos com lideranças feitos nos bastidores da política, se surpreenderam com o cenário em que estão. Muitos Municípios já terão dificuldades de pagar a folha no mês de janeiro.

Seguindo a lógica da sofrência o que resta a alguns prefeitos é culpar o ex. Em entrevistas o que se vê é prefeitos colocarem os ex gestores como a causa da crise nas prefeituras. Alguns ainda não caíram na real que no mundo da sofrência a cada dia sai um sucesso novo e que daqui a pouco já é carnaval e Bel Marques arrastará o trio elétrico com um de seus grandes sucesso: A fila Andou.

Realmente a fila andou e a responsabilidade de gerir com crise ou não é daqueles que prometeram empregos, novos caminhos, novas estradas, novas avenidas, mas que começam o governo com as práticas mais antigas do que as pirâmides do Egito. O nepotismo tem sido  praticado entre alguns dos novos prefeitos que tentam organizar a base de seu governo nomeando seus próprios parentes e familiares além da família de vereadores como moeda de troca para a defesa do governo. Assim com essa organização o executivo encaminha projetos que criam impostos, ou congelam direitos e por fim evitam o desgaste na casa de leis. Em Jequié, por exemplo, parece que a crise é só para o povo, pois os nobres vereadores tiveram aumento nos salários para não serem penalizados pelos problemas econômicos que atingem o país. É preciso administrar com responsabilidade e principalmente com os pés no chão, pois o que hoje é flores se não abrir os olhos ficará apenas com os espinhos e ao invés de culpar o ex, o hit será: Ele é pior do que o ex.